Se você ainda não assistiu, leia aqui e descubra o porquê você deveria assistir...
Fala pessoal!
Hoje trazemos aqui na coluna de seriados do Manjabooki, uma recomendação de série para começar 2018 bem.
Mindhunter (ou o Caçador de Mentes, em tradução livre), é uma série de TV de romance policial, criada por Joe Penhall que estreou em Outubro na Netflix.
A trama gira em torno de dois agentes do FBI - Holden Ford e Bill Tench - que em 1977 iniciam uma série de entrevistas com criminosos presos em busca de um melhor entendimento da mente de um psicopata, para assim aplicarem o conhecimento em casos em curso.
Abaixo listarei apenas 3 motivos para você dar uma chance a esta série.
1 - Roteiro
O roteiro escrito por Joe Penhall é baseado no livro Mind Hunter: Inside the FBI's Ellite Serial Crime Unit, escrito por John E. Douglas e Mark Olshaker.
Joe Penhall é um escritor inglês muito conhecido por escrever roteiros de peças como Pale Horse e Landscape With Weapon, que aqui, em Mindhunter, faz um trabalho de adaptação belíssimo. Baseando-se no livro homônimo - lançado no Brasil pela Intrínseca com o título Mindhunter: O primeiro caçados de serial killers americano - Joe cria na série o mesmo ar de suspense do livro, que é baseado numa história real.
John E. Douglas foi um agente do FBI, anteriormente tendo trabalhado como sniper na SWAT e negociador, antes de ser transferido para a Unidade de Ciências Comportamentais (Behavioral Sciences Unit - BSU) em 1977. Em Quantico, Virginia, ele foi o responsável pela criação do programa que visava traçar o perfil psicológico de criminosos. Utilizando métodos pouco ortodoxos para a época, John Douglas visitou e entrevistou notórios criminosos que haviam cometidos assassinatos em série e crimes sexuais, como David Berkowitz, Ted Bundy, Edmund Kemper, Sara Jane Moore e Charles Manson.
Graças aos seus esforços, e com a posterior criação da divisão de Unidade de Suporte a Investigações (Investigative Support Unit), o termo Serial Killer foi concebido e a criação do CCM, Crime Classification Manual (Manual de Classificação Criminal) auxiliou na investigação e resolução de vários crimes, que são narrados na série e no livro.
Baseado nestes fatos reais, Mark Olshaker auxiliou o ex-agente a criar o livro, enquanto Joe Penhall escreveu a versão da Netflix.
2 - Atuações
No livro, os agentes Holden Ford e Bill Tench iniciam uma série de entrevistas com criminosos ao redor dos EUA. Holden Ford é o personagem baseado em John E. Douglas enquanto Bill Tench foi criado baseado no agente Robert K. Ressler. Um curiosidade é que a Ressler é atribuído a autoria do termo Serial Killer. Mais tarde ele prestou consultoria ao autor Thomas Harris para a criação do célebre personagem de ficção Hannibal Lecter.
As atuações são fantásticas. Holden é interpretado por Jonathan Groff, que não era muito conhecido por mim até esta série, mas faz um trabalho fantástico na pele do agente pouco ortodoxo que deseja descobrir mais sobre a mente dos criminosos.
Já Bill Tench é interpretado por Holt McCallany, que já trabalhou em vários filmes como Homens de Honra, Advogado do Diabo, Clube da Luta e atuou em séries como CSI: Miami, Law and Order e Blue Bloods. Agora, protagonizando ao lado de Jonathan Groff, Holt faz uma atuação impecável como o mal humorado Bill Tench, que freia os impulsos mais críticos de Holden, enquanto auxilia na pesquisa.
Junto dos protagonistas o grande destaque das atuações fica por conta dos criminosos que são entrevistados. Desde a aparência física, a atuação deles é intensa e de tirar o chapéu. Vou deixar abaixo um vídeo com a comparação da entrevista do criminoso Edmund Kemper e a atuação de Cameron Britton, que interpreta o criminoso. É de tremer ainda mais ao ver como o criminoso fala de seus próprios crimes sem remorso.
Não dá pra ver uma cena dessas e não ficar estarrecido, mas ao mesmo tempo curioso em como a mente humana pode ser misteriosa e ao mesmo tempo brutal e fria a ponto de cometer crimes horrendos.
OBS IMPORTANTE: O Vídeo não está legendado, mas contém palavras fortes que relatam um crime cometido a sangue frio contra a própria mãe. Se você entende inglês e acha que pode ficar abalado de alguma forma, recomendo que veja com cautela.
3 - Suspense do inicio ao fim
Como já falamos, a história é baseada em fatos reais. Não espere muita ação aqui, mas o suspense é garantido. Isso se dá principalmente porque Holden e Tench iniciam o projeto de forma clandestina, sem o apoio do FBI e posteriormente várias entidades se interessam pelo projeto, dando respaldo aos agentes. Ele contam com a ajuda da doutora Wendy Carr, uma psicóloga que foi baseada na Dra. Ann Wolbert Burgess, que na vida real entrou no time de Ressler e Douglas para auxiliar nos crimes que tinham apelo sexual. Na série, Wendy é interpretada por Anna Torv, muito conhecida por seu papel em Fringe.
Enfim, juntamente com as atuações, o suspense e o drama durante as sessões de depoimentos fazem com que a série seja muito psicológica, mostrando inclusive como toda esta carga emocional afeta a vida pessoal dos agentes.
Mindhunter é uma série psicológica, que mesmo com toda a dose de suspense, pode não agradar a todos. Deixo aqui a ressalva que a série contém trechos perturbadores de relatos de crimes com as mais diversas formas de violência. Portanto, pode causar perturbações aos que não gostam destes relatos.
Mas no geral, na minha opinião, Mindhunter é uma série fantástica, assim como livro, que vale a pena você dedicar seu tempo. A série está disponível na Netflix, como já falamos, e o livro foi publicado pela Intrínseca e pode ser encontrado nas principais livrarias.
Gostou? Deixe seus comentários com sugestões, críticas, elogios. Siga-nos nas redes sociais e não esquece de compartilhar o artigo.
Boas leituras e boas séries!
Nenhum comentário:
Postar um comentário