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Artigo | Geração Mi-Mi-Mi


O mundo está ficando realmente chato...
Fala pessoal!


Várias notícias ao redor do globo me incentivaram a fazer esta coluna, a qual pretendo dar uma continuidade, talvez semanal, dependendo do feedback dos leitores do blog.

Sem enrolação, o tema da coluna é pertinente diante destas várias notícias que temos visto ultimamente. Peço, desde já, perdão pelo tom mais ranzinza deste post.

E antes de mais nada, quando falo GERAÇÃO, não me refiro a faixa etária, e sim a um grupo de pessoas que podem ou não ter a mesma idade.

Depois de algumas conversas com amigos, decidi escrever sobre todo este mimimi que acontece ultimamente nos mais variados assuntos. Neste primeiro artigo, a inspiração foi um vídeo do canal do Wendel Bezerra.

Pra quem não sabe (ou quem não mora neste planeta), Wendel Bezerra é o dublador oficial do personagem Goku, do anime Dragon Ball. Ele também dubla o Bob Esponja, o Cake Boss entre outros.

Confiram o vídeo abaixo que depois continua o texto.


No vídeo, entre outras coisas, ele relata o absurdo, na minha opinião, que é o questionamento de várias pessoas que não gostaram do fato do canal Cartoon Network reprisar os episódios de Dragon Ball Super.

Dragon Ball Super está sendo transmitido no Japão e está no episódio 121. O Cartoon Network adquiriu os direitos de transmissão no Brasil e a Unidub, que pertence a Wendel, foi convidada para fazer a dublagem, deixando nós, os fãs brasileiros, bem felizes.

Mas o fato é que o anime, aqui no Brasil, passa de segunda a sexta, então ficaria óbvio que em algum momento teria que haver um hiato, já que não é possível dublar um episódio que acabou de passar no Japão.

Acontece é que uma parte dos fãs questionou Wendel, dono da Unidub, por conta do anime ter parado, como se ele tivesse culpa. Como ele explica no vídeo, é bem fácil, para quem tem um mínimo de neurônios entender como as coisas funcionam.

Na minha geração nós demorávamos meses para conseguir ter acesso a animes desse tipo. Não tinha internet e nem TV a cabo de qualidade, então dependíamos da boa vontade das TVs abertas. Eu me lembro que a saga das 12 casas do anime Cavaleiros do Zodíaco, exibido pela Manchete, demorou anos para ser concluída, justamente por não haver dublagem. Mas hoje, com o advento da Internet, é possível assistir aos animes, com audio original e legendado por fãs ou grupos de fãs, diretamente na Internet.

Nem vou entrar no mérito do que é correto ou não, mas se você não consegue esperar pela dublagem, ainda restam opções viáveis. E mesmo que não houvesse, que diabos o dublador tem com o processo de exibição de um anime Japonês?

Não é ele quem desenha nem quem produz. Chegou ao cúmulo de fãs ameaçando até mesmo por conta de uma notícia falsa que falava de uma possível utilização das cantoras Anitta e Pablo Vitar numa possível abertura das futuras temporadas.

Pegam qualquer informação escrita em qualquer site e acreditam. Além disso, ainda atacam o profissional que nada tem com a situação.

Isso é uma parte, pois se lermos os comentários podemos ver que muita gente ainda ataca mesmo após um vídeo desse. O que me deixou um pouco mais calmo foi ver muitos comentários de apoio, criticando justamente uma geração de pessoas que parece usar a Internet apenas para criticar sem o menor fundamento.

Quando vemos esse tipo de comportamento, que não é exclusivo dos mais novos, podemos perceber que, ao que parece, as pessoas estão perdendo o senso do ridículo. E mais, estão perdendo o poder de raciocinar por si próprios. Seguem os tais Digital Influencers, mas nem se quer tratam a informação que recebem, além de encarar tudo como verdade absoluta.


Volta meio vejo comentários mais ou menos assim: "Nem vou ver o filme tal, já me falaram que é horrível".

Isso é aplicado em páginas de jogos, filmes, animes, livros e aí por diante.

O cidadão nem viu e já faz uma crítica completa só porque "alguém falou que é ruim".


Não sou contra as críticas, mas fica cada vez mais difícil acreditar em pessoas que, graças ao "anonimato" da internet, falam o que querem, principalmente quando este falar é em tom de ameaça a profissionais que estão trabalhando honestamente. Uma coisa é criticar, outra totalmente diferente é ameaçar ou desrespeitar a pessoa.

E mais, se você leu em algum lugar que é ruim e quer acreditar nisso, não vá ver o filme, ou não jogue o jogo, ou não leia o livro. Não precisa ameaçar nem desrespeitar ninguém. Mas se você não viu o filme, não jogou o jogo nem leu o livro não acho que tenha o direito nem de criticar.

Enfim. Mais uma vez desculpem pelo tom negativo, mas diante de tantas manifestações mimizentas que tenho lido, achei conveniente escrever este artigo.

E se você leu até aqui, sinta-se a vontade para fazer suas críticas. Se não vierem com desrespeito, sempre serão bem vindas.

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