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Review: Desventuras em Série - Mau Começo / Análise inicial da Série da Netflix


A sorte passou MUITO longe desses irmãos…

Review: Mau Começo

Se eu pudesse resumir o que eu senti quando assisti ao filme Desventuras em Série há muito tempo atrás, seria a decepção pelo que foi feito na adaptação. De fato, tirando as atuações brilhantes de Jim Carrey e Meryl Streep, pouco se sobressai no filme de 2005. Mas afinal, não estamos aqui para falar do filme, e sim do livro que, acreditem, é fantástico.




Escrito por Lemony Snicket – pseudônimo do autor Daniel Handler, que acaba sendo um participante indireto da história – pois é ele quem a narra – o livro relata o início das tristes aventuras dos irmãos órfãos Klaus, Violet e Sunny Baudelaire.

Após perderem seus pais num incêndio que destruiu sua casa, as desventuras dos irmãos iniciam, ao serem abordados pelo sr. Poe, um banqueiro amigo da família que controla a herança das crianças. No testamento, conforme conta o Sr. Poe, os Baudelaire deveriam ficar sob a custódia de um parente até alcançarem a maioridade. De outra forma, jamais teriam acesso a herança, controlada pelo inocente banqueiro.

Violet é a mais velha. Dona de um intelecto surpreendente, a jovem possui um dom de inventar coisas simplesmente do nada. Seja algo para ajudar numa tarefa diária, ou para livrá-los de alguma encrenca, Violet surpreende nesta matéria. Quando quer inventar, toma o cuidado de prender o cabelo com uma fita, para que a franja não atrapalhe os pensamentos, segundo ela mesma diz.

Klaus é nada mais nada menos que um devorador de livros. Já leu mais livros do que qualquer um e o mais impressionante é que lembra exatamente tudo o que leu. Isso ajuda em muitas ocasiões, principalmente nas grandes enrascadas que ele e seus irmãos acabam se metendo no decorrer da história.

Sunny é a mais nova dos Baudelaire. A jovem menina, com apenas quatro dentes, é dona de uma mordida poderosa e um forte senso de proteção. Sua linguagem, totalmente desconhecida por todos, é única e só é entendida pelos seus irmãos.

No ponto inicial da narrativa temos a entrada da figura maquiavélica do Conde Olaf, um parente tão distante que as crianças jamais haviam ouvido falar dele. Por ser um parente, o sr. Poe envia as crianças para morar com o Conde, a fim de cumprir a norma da herança.


O Conde é um homem estranho, um péssimo ator, excêntrico e com uma tatuagem misteriosa de um olho no tornozelo esquerdo. Junto de sua trupe esquisita, Olaf vive de executar peças, porém sem muito sucesso. Ao saber da herança dos jovens órfãos, o vilão decide cuidar deles, obviamente com outros interesses. Olaf submete os irmãos às tarefas pesadas de sua casa imunda, cheia de amigos duvidosos. Ele é o típico vilão que deseja apenas botar as mãos na fortuna das crianças, sem medir as consequências ou meios para conseguir tal objetivo.

Os irmãos Baudelaire não possuem direitos sobre a herança antes de se tornarem maiores de idade. Porém Olaf descobre que as crianças podem ter acesso ao dinheiro no caso se emanciparem através do casamento. Então o Conde Olaf coloca em ação um plano para se casar com Violet e se tornar o responsável pela herança. Começa os preparativos para a peça “O casamento maravilhoso”, idealizada por Olaf e sua trupe falida. A peça, na realidade, é uma farsa, que envolve a vizinha – a simpática juíza Strauss – para validar o casamento. A mulher, apesar de ser uma juíza, é uma mulher sem maldade, que não consegue ver as reais intenções por trás da peça, acabando por colaborar com o vilão. É claro que a jovem Violet se recusa a se casar, pois logo percebe as intenções do homem, com a ajuda de Klaus e seus livros. Contudo, para forçar Violer a se casar, Olaf prende Sunny e ameaça matá-la, caso a menina não colabore com o plano. E é claro que eu não vou contar como este episódio tem seu desfecho, pois quero que você leia o livro.

O livro possui uma linguagem fácil e os personagens são bem cativantes, diferente do filme que acabou ficando muito corrido, em minha opinião. Snicket, no papel de narrador, consegue prender a atenção do leitor, aumentando o desejo de chegar ao fim, apenas para descobrirmos que a série de desventuras apenas começou para os irmãos Baudelaire.

“Mau Começo” é o primeiro, da série de treze livros das desventuras, publicados pela Cia. das Letras, cuja leitura é altamente recomendada para todas as idades. Recomendo a vocês que leiam todos os livros e descubram se os irmãos vão superar toda a série de eventos desafortunados.

Apenas para informação, o filme de 2005 é um compilado dos três primeiros livros. Logo, neste primeiro, não temos a aparição de alguns personagens tratados no filme, como o tio Monty e a tia Josephine.

Agora sobre a série da Netflix

Quando fiquei sabendo que a Netflix (sua linda) produziria uma série baseada nos livros das Desventuras, fiquei animado, não só por saber da qualidade da produtora, mas também por saber da qualidade dos livros. Devido ao tamanho desserviço prestado pelo filme de 2005, muitas pessoas com quem converso a respeito das Desventuras torcem o nariz, pois lembram justamente do filme porcamente feito.

Agora a série promete ser boa, e conta com um elenco promissor. Neil Patrick Harris interpreta o Conde Olaf e tem a missão de substituir uma das únicas coisas boas do filme de 2005, que foi o trabalho  belíssimo de Jim Carey interpretando o Conde.


O trio de órfãos é interpretado Malina Weissman, como Violet. Aliás ela é a cara da atriz Emily Brown que interpretou a menina no filme de 2005. Vejam a imagem ao lado e me digam se eu não tenho razão.

Louis Hynes interpreta o mini-gênio Klaus e Presley Simth é o bebê Sunny fechando o elenco protagonista.

Mas temos nomes como Joan Cusack, como a Juíza Strauss, Will Arnet, como o pai dos Baudelaire e a sensacional Alfre Woodard, como a tia Josephine (se você não lembra dela, é a vereadora Mariah Dillard, irmã do vilão Boca de Algodão).

Muito legal por parte da Netflix colocar, por exemplo, a sua linda da Catherine O’Hara, a eterna Kate McCallister, como a oftalmologista Georgina Orwell. Ela participou do filme de 2005, mas era a Juíza Strauss.


Eu ainda não assisti a série inteira, mas prometo um review completo assim que assitir. O que dá pra falar por hora é que a Netflix condensou um livro mais ou menos a cada dois episódios. Tendo 8 episódios em sua primeira temporada, veremos a adaptação dos quatro primeiros livros da série. Ou seja, é bem provável que teremos mais temporadas. Mais uma vez, obrigado Netflix, sua lindona.

Agora é conferir a série, que ficou disponível hoje, e ver o trabalho realizado.

E, é claro, ler os livros das desventuras, que são sensacionais.

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