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Artigo | Bienal do Livro do Rio de Janeiro - 2017 - O que achamos?


Vem com a gente numa discussão recorrente...

Fala pessoal!

Ok, a discussão de hoje é sim recorrente no blog.

Sou um leal frequentador da Bienal do livro do Rio de Janeiro. Frequentava desde a escola primária, nas excursões onde íamos apenas para seguir os professores, apreciar os quadrinhos e livros e quem sabe comprar alguma coisa que estivesse bem baratinha. A Bienal do Livro, desde que eu me entendo por gente, é um espaço bacana onde novos autores tem a oportunidade de divulgar seu trabalho às milhares de pessoas que visitam o evento.

Também é o local dos autores consagrados ficarem mais perto dos fãs, palcos de discussões literárias, literatura brasileira e internacional e etc.

Enfim, a Bienal do Livro é tudo o que um amante dos livros sonha.

Mas as vezes este horizonte fica meio confuso e distante. Falo disso no final.

Como meta pessoal, eu procuro comprar livros de autores brasileiros que estão começando. Neste evento comprei os livros dos autores Roberto Cruz, Bianca Landim e Cláudio Almeida.

Missão Fênix, de Roberto Cruz, é um romance policial que mistura ficção com fatos reais onde o autor procura dar valor a sua pesquisa sem perder o foco do roteiro principal.

Rebirth, Os Novos Titãs, de Bianca Landim, mistura mitologia grega ao estilo Percy Jackson, mas no relato da autora, com um tom mais sombrio.

Gaian, O Reinício, de Claudio Almeida, é uma fantasia épica num universo criado pelo autor que promete trazer muitas aventuras aos que gostam do gênero.

Eu adquiri juntamente com estes um exemplar de "A Morte do Capitão América", um livro da Agatha Christie e O Lar das Crianças Peculiares. Enfim, tirei todo o proveito que podia da Bienal, sem esquecer dos nossos autores iniciantes.

A parte criticável, na minha opinião:

Minha crítica surge ao ver dezenas de stands e eventos para dar publicidade aos Youtubers e escritores midiáticos.

Não vejo problema num Youtuber escrever um livro, mas só temos eles?

Era um fato observável em todos os cantos: Os Youtubers eram a atração principal. Nomes como Felipe Neto e Kéfera, sem falar em Larissa Manoela, estavam entre os mais procurados. Com isso a Bienal registrou um aumento do público, principalmente na faixa entre 15 e 19 anos.

E me desculpem, mas o argumento de que estes livros são porta de entrada para outros livros é muito complicado. Fico feliz se forem, mas não acredito que sejam. Espero estar enganado.

Volto a dizer, não tenho nada contra um Youtuber escrever um livro sobre como ele era e onde ele está agora, mas será que é só isso? Dedicar uma Feira a isso eu acho exagero, da mesma forma que acharia se a Feira se dicasse apenas a falar de Literatura Fantástica, que é o meu gênero literário favorito. Acredito que todos os gêneros tem que ser respeitados de uma forma mais igualitária possível. Não foi o que eu vi.

Sei que muitos que estavam lá procuravam seus livros preferidos dos mais diversos gêneros, mas fico triste de ver uma Feira Internacional dar tanto foco a livros que me parecem ser uma mistura de autoajuda com uma espécie de biografia. Nossa literatura é muito mais rica do que isso.


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