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Série | Star Trek Discovery - Season Finale Review


Fan service ao extremo!
Fala Trekkers!

Por opção do blog, não trouxemos os reviews dos últimos 3 episódios de Star Trek Discovery. Por serem recheados de reviravoltas na trama, escolhemos fazer desta forma e agora trazemos um review completo dos episódios finais, bem como da série como um todo.

Obviamente este review terá SPOILERS, portanto leia por sua conta e risco.



Star Trek Discover terminou com muito fan service, é verdade. Isso é um fato, não com um tom negativo, mas que incomodou muita gente.

Porém, resumir Discovery desta forma é um tanto quanto incompleto e impreciso. A série se propôs desde o inicio a ser algo diferente do original, mas com alusões claras a criação de Gene Roddenberry que vão desde os efeitos sonoros clássicos, uniformes, comunicadores, até detalhes no roteiro e personagens.

Se formos nos aprofundar no roteiro veremos que as divergências que fizeram alguns torcer o nariz foram resolvidas ao final desta temporada de estreia. A crítica à personalidade de Gabriel Lorca terminou com uma reviravolta impressionante, revelando os segredos obscuros do personagem e seus reais objetivos.



Lorca é um dos personagens mais profundos da trama e que foi muito bem explorado no final, transformando-se num vilão que ficou oculto no decorrer da história.

Neste quesito, a guerra acabou sendo apenas um pano de fundo para os planos de Lorca e sua tentativa de retornar ao Universo Espelhado.

Michael Burnham acaba por se redimir, como todo bom mocinho. A Jornada do Herói aqui é bem clara, mas eu nunca fui crítico deste estilo. Sim, temos os passos bem definidos, mas a direção a qual ela segue, mesmo clichê, é bem desenvolvida. Eu li algumas críticas nesse sentido antes de escrever esse review, mas a atuação de Sonequa Martin-Green como protagonista é sólida ao longo de toda a trama. Ela deu a Burnham todo o ar de indecisão e culpa por um guerra que parece ter sido montada. E ao ter este conhecimento, vemos a personagem crescer no final como era esperado.

Um outro destaque que vale ser mencionado é a atuação de Shazad Latif como Ash Tyler. A trama onde o piloto/segurança é modificado para receber a mente e o corpo de um Klingon, transformando-o num híbrido, foi bem mostrada com o detalhe da mudança de voz dando um tom até místico nesta parte.

E já que falamos nisso, acaba que os Klingons são apenas mais peças neste xadrez espacial. Em alguns momentos o roteiro deixa a entender que eles são realmente os vilões e que a Discovery apenas teve a má sorte de cair no Universo Espelhado. Em outros momentos vemos que não podia ser só isso. L'Rell, como previsto, faz as honras e se redime com os clãs no final, algo que ficou estranho mesmo se apelarmos a honra dos Klingons, quando Burnham fornece a ela a solução para unir as casas por meio da força e consegue a aliança para a Federação. A atuação de Mary Chieffo como L'Rell vale destaque, mas pensando realmente por este lado, a trama poderia ter sido mais profunda. Incomodou algumas pessoas por esta solução ser algo como um Ex Machina do que algo realmente preparado para isto.

Não curti muito o desfecho dado a Georgiou do universo espelhado. Realmente ela convenceu a Federação com um argumento muito pobre. A atuação de Michelle Yeoh é excelente como sempre, mas a trama foi um pouco rasa.


Os personagens secundários tiveram seus momentos sem serem forçados a isto. Anthony Rapp, interpretando Paul Stamets, foi excelente em todos os momentos, assim como Mary Wiseman e sua Sylvia Tilly. Os finais destes personagens foram dignos e trouxeram mais brilho ao roteiro em diversos momentos.

Doug Jones, como Saru, foi realmente um dos que mais me impressionou. A trama se volta pra ele em diversos momentos e o personagem se encaixa muito bem, mesmo debaixo de toda a maquiagem e efeitos digitais. Realmente um ponto positivo.


Ao final, o roteiro é finalizado de uma forma em que as peças se encaixam. É verdade que houveram alguns furos neste roteiro, mas no geral a série é boa e marca o retorno de uma franquia. Com o final totalmente nostálgico, onde a aparição da Enterprise e a trilha sonora se destacam, resta esperar para sabermos como os escritores seguirão a trama e os objetivos da Discovery dentro do universo Star Trek.

Até lá, vida longa e próspera para todos.

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